terça-feira, 16 de setembro de 2014

Só to sorrindo de volta

Se eu poderia ter pedido pra você ficar? Sim, poderia! Poderia ter vomitado na sua cara mil e um motivos, mais mil verdades, mas fiquei calada. Não leve a mal e nem pense que não disse nada por não te querer, mas aprendi a um tempo que amor não deve ser mendigado. Pra ser amor precisa vir com o tempo, não com pedidos gritados, promessas, moedas jogadas em fontes e nem um desses rituais que vejo pessoas por aí fazendo para terem um pouco de amor.
Já tem um tempo que aprendi a não implorar amor de ninguém. Dizem que pessoas inteligentes aprendem errando e as sábias observando os erros alheios, pois bem, eu aprendi das duas formas. A primeira vez foi quando me entreguei pra alguém sem pensar um minuto se quer no depois e o fim disso? Eu aqui e ele pra lá. Foi quando aprendi tudo o que sei. Me calei e observei a todos, foi quando aprendi que podia sentir o que quisesse, quando quisesse, da mesma forma que podia não sentir. E aí apareceu você, uma coisa tão nova pra mim, tanto que me assustei quando vi quebrando todas minhas regras e abrindo todas as portas pra você. 
Aí hoje eu tava aqui, sentada curtindo esse frio que tá fazendo e sabe a que conclusão cheguei? Você tava certo quando disse que não era sua culpa de eu gostar de você. A culpa foi minha. Foi toda minha quando vi em você o escape pra eu poder sentir algo de novo. Fui eu quem se permitiu a sentir mais do que devia. Fui eu quem quis mais dias ao seu lado, mais noite juntos, mais conversas ao pé do ouvido, menos distancias e mais nós dois juntos. Fui eu quem quis sentir tudo isso. Conclui também que tudo isso aí não é nada ruim, pelo contrário, me permitindo te querer do jeito que quis e te amar como se tudo fosse acabar amanhã, acabei descobrindo que eu ainda sei sentir, que o meu coração que amava dizer ser de pedra pode ser mole e amar como se fosse a primeira vez e amar muito mais e me fazer ir dormir com um sorriso de orelha a orelha ou nem me deixar dormir de tanta felicidade. E olha que depois do ultimo achei que nunca mais ia sentir algo parecido.
Tava aqui também lembrando de como a nossa vida era muito mais fácil quando a gente não sentia nada. Eu te falava dos garotos, você das suas garotas, a gente ria porque eles não entendiam nada sobre a gente e provavelmente jamais entenderiam. Eu falava daquele meu vizinho que me deixa com a pulga atrás da orelha e que me descabelava inteira de raiva quando ficava mais de uma semana sem ver ele, você ria porque ele era meu vizinho e eu só não via ele porque não queria, meu orgulho sempre me engoliu por inteira. Você também ficava bravo quando o tal vizinho aprontava alguma que eu não gostava. Eu ouvia você falando da garota que conheceu e até achava que tava apaixonado, mas ela te irritava e não te entendia. Eu ria. Ria porque ninguém nunca vai te entender e me entender e nos entender tão bem quanto nós dois. Mas voltando ao assunto, foi tudo eu quem sentia e via isso.
Eu queria te contar sobre essa conclusão e sobre o garoto da faculdade que eu sempre quis conhecer e acabei conhecendo sexta passada. Acabei revendo meu vizinho e nós rimos bastante de toda essa minha vida atrapalhada, a gente acabou virando amigos, ironia do destino. Também queria te dizer que você não fez nada, fui eu quem quis te amar e você só não quis amar de volta, acontece. Queria muito que você soubesse que sinto falta das nossas risadas e conversas e não passa disso e a partir de agora não vai passar mais disso.
Eu sempre quis tentar sentir algo novamente só pra ter certeza que essa minha parte sentimental ainda ta aqui dentro, viva.  Descobri que ta e viva mais do que nunca. Então não vai fazer mal algum eu enterrar novamente ela naquele cemitério que a gente enterra as coisas que não queremos por enquanto. Foram exatamente duas semanas pra cair à ficha e eu voltar a ser aquela que você conheceu e adorava. Pois bem, to aqui de novo. Rindo dessa trapalhada toda que eu fiz e que tropecei quando achei que o amor era pra mim. Só precisei lembrar que a gente sente aquilo que a gente quer, a hora que quer. Já que posso mandar e desmandar aqui dentro, to indo ali sorrir pra vida de novo com o meu melhor sorriso vestido nos lábios. Ah, se me ver por aí, não esquece que quando a gente era a gente da melhor forma, sem se estragar, eu tava ali no canto sorrindo pra você e te dizendo que tava contigo pra tudo. Ainda to aqui, não esquece disso quando resolver voltar pra você mesmo. Só to sorrindo de volta. 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Diz que eu pirei ou fica




Senta aqui na cadeira da mesinha de canto da sala do meu apartamento, olha no fundo dos meus olhos e me escuta. Tenta decifrar as palavras que eu não vou saber dizer, mas presta bem atenção quando elas saltarem dos meus olhos numa tentativa frustrada de te fazer entender o que quero dizer. Fica aqui e me escuta.
Você não precisa dizer nada se preferir o silêncio, apenas me olha pra eu saber se era verdade ou não todas as minhas duvidas. Balança a cabeça se eu estiver ficando louca em achar que cada um daqueles “sinais” que exalavam de você eram apenas a imaginação fértil de uma mulher. Me diz que todas as musicas que você me mandou, eram só musicas que pra você não faziam sentindo, mas que você acabou lembrando de mim no meio delas. Confirma que cada vez que você me olhava via apenas um alguém especial e não alguém que um dia poderia ser sua. Me diz que você nunca desejou ficar ao meu lado ou pensou um dia se quer que poderíamos ser algo além do que já éramos. 
Tira da minha cabeça que cada um dos beijos que aconteciam inesperadamente no meio de uma festa nunca foi querer de verdade e acontecia só porque nenhuma outra te quis e você tinha lá suas necessidades e que nunca passou disso. Fala pra mim que não sente um pouquinho a minha falta nos seus dias, pra te fazer rir de qualquer coisa, mesmo quando nem tinham tanta graça e diz que odiava a minha risada escandalosa e desajustada.
Olha pra mim e diz que não me amou nenhum pouco. Que eu fiz tudo errado desde o começo e que o problema é comigo, que sempre ficou ali só de lado observando você fazer o que queria e ainda assim ficou ali com você todos os dias. Diz pra mim que eu sou louca e que esses malditos sinais nunca existiram, que foi tudo coisa da minha cabeça e que eu acabei te amando por culpa só minha.
Me fala que quando me via você não sorria de verdade, mas só por educação. Que nossas conversas aleatórias eram extremamente entediantes. Que a sua mãe nem gostava de mim e me achava sem gracinha. Que você não gostou da minha mãe quando a conheceu. Diz que eu enlouqueci quando achei que você se importava pra valer comigo quando eu precisei de alguns cuidados e só tinha você e que agora esse seu desprezo todo é pra me fazer ver que nada disso nunca foi verdade. Que esse amor que nasceu dia após dia dentro de mim, é só meu mesmo, que pra você nunca existiu nem o A desse amor. Que você nunca sentiu um frio na barriga em pensar em mim.
Joga em cima de mim esse monte de verdade e acaba de vez com essas coisas que criei pra mim a cada vez que te via e te observava e te amava mais. Segura meu rosto e diz que nunca amou nada em mim, que eu nunca passei de alguém a mais na sua vida. Tira de mim esse peso que é te ver distante cada dia mais. Me faz entender um pouquinho do que se passa ai na sua cabeça e me diz que eu pirei em cada um dos momentos que passamos juntos. Coloca de uma vez por todas na minha cabeça que a gente se perdeu e que não tem mais mapa, bussola ou GPS que faça a gente se encontrar de novo. Que o nosso nó se desfez de vez.
Antes de sair pela porta, me abraça. Deixa eu sentir uma ultima vez seu coração batendo ali pertinho do meu e sentir a paz que o seu abraço me trazia. Sentir o seu perfume misturado com o cheiro da sua pele. Me deixa sentir pela ultima vez aquele fiozinho de esperança que eu sentia cada vez que te tocava e acreditava que o amor podia acontecer de novo pra mim e pra você. Deixa eu só me perder num mundo que eu acreditava ser só nosso e que só nós dois sabíamos vê-lo e que ninguém mais entendia o que havia entre a gente, só sabiam que existia algo. Me dá um beijo na testa e pede pra eu me cuidar. Eu vou tentar não ver mais um sinal de importância da sua parte. Agora vai e fecha a porta pra nunca mais entrar. Fecha e joga fora junto à chave que você me deu pra te descobrir. Vai e me deixa com os sinais e com as memórias e com as saudades.
Ou fica e diz que não pirei na loucura que foi a nossa vida. 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Foi quando a gente se perdeu


Foi por você que me atirei na tempestade sem medo, sem pensar no depois. Foi tudo por você. Foi naquele dia que você quis me ver depois de um dia cansativo e estressante para me falar dos seus problemas e eu ouvi. Ouvi, porque ajudar você era uma coisa que eu fazia sem esforços. Foi pelas noites que eu não ligava de passar acordada na sua presença, estando frio ou calor, me bastava passar cada minuto que fosse contigo.
Foi quando vi em você o que não vi em ninguém e diferente de cada uma com que você ficava e me contava, eu vi em você alguém muito melhor do que era, alguém que nem mesmo você via. Foi quando eu soube que eu podia ligar a qualquer hora, estando em qualquer lugar, que você atenderia e me agüentaria tendo minhas crises ou me ouvindo rir por ter bebido mais do que devia.
Foi naquela noite em que a gente simplesmente ficou sentado em frente de casa contando um pro outro sobre a nossa vida. Sobre cada pessoa que passou por ela e nos quebrou e levou um pedaço junto e deixou um também. Foi quando a gente se aceitou do jeitinho que éramos e sabíamos que aquilo bastava. Bastava porque deixamos cair qualquer máscara que podia existir pra esconder aquilo que temíamos que as outras pessoas não gostassem quando vissem. Foi quando falávamos qualquer besteira ou fazíamos qualquer coisa e riamos disso. A gente nunca se julgou por ser quem éramos, por fazer as coisas que fazíamos.
Foi quando vi em você mais do que meu melhor amigo, por mais que eu negasse e tentasse fugir, por mais que eu não quisesse nada daquilo. Foi quando meu coração bateu mais rápido por você, quando cada um dos caras que eu via perderam a graça, porque nenhum era você. Foi quando eu fiquei do seu lado mesmo sentindo tudo isso, mesmo doendo não te ter, mesmo quando você contava daquela sua paquera que não te dava à mínima e eu queria bater na sua cara e gritar que eu tava ali, segurando a barra, segurando a fala, segurando você e eu, numa linha tênue de sentir ou reprimir. Foi por cada uma das noites que passei em claro pensando e enfrentando meus medos, porque pela primeira vez vi que por você valeria a pena enfrentá-los.
Foi quando eu explodi e você aceitou aquilo que eu sentia, aceitou tentar. Foi quando eu imaginei que pela primeira vez algo daria certo por aqui, depois de tanto dar errado algo devia trazer paz, não só pra mim, pra nós. Foi quando eu deixei todo meu orgulho pra ser só sua. Deixei de lado mil coisas que eu coloquei na minha vida pra fechar o buraco que tava aqui dentro e pra passar o tempo enquanto você não chegava. Foi quando tentei te mostrar que a minha disponibilidade não era nada mais do quanto eu amava passar o tempo com você fazendo qualquer coisa. Quando quis te mostrar que eu era totalmente diferente de tudo o que você já viu e de todas que você já provou.
E foi quando você fugiu. Foi quando você não esperou eu caminhar ao seu lado e simplesmente correu. Foi quando você não entendeu que eu não queria um pra sempre, queria apenas o agora. Foi quando você não compreendeu que eu aprendi a te amar mais do que amor, aprendi a amar os seus defeitos e suas qualidades e seus medos – que eram meus também – e suas cicatrizes e suas inseguranças e tudo o que você tem de bom e não enxerga. Foi quando você não pensou em nada disso e sem perceber pensou só em você. Foi quando você decidiu por nós o que era melhor e não somente perdeu o que eu te dei. Perdeu aquilo que você sabia que eu tinha de melhor pra oferecer, o amor. Eu não perdi nada, pois a gente não perde por dar amor, perde quem não sabe receber. E foi quando você decidiu não receber mais nada de mim.

domingo, 22 de junho de 2014

Sobre as coisas que não sei falar


A gente vira as costas um pro outro. Fecha a porta. Joga a chave fora e jura nunca mais se sentir tentado a espiar pela fechadura que mostra tudo aquilo que não queremos ver. Tudo aquilo que um dia não vivemos.
Eu queria não sentir tanta vontade de espiar pela fechadura e ver o que um dia eu sonhei pra mim se perdendo por aí. Foi assim comigo também, eu resolvi me perder por aí. Aposto que você já se perguntou como eu realmente me sinto. Eu sinto e muito. Mais do que deveria sentir, mais do que deveria pensar. Eu não queria virar a página do nosso livro. Eu queria que você reagisse, fizesse algo. Esperava qualquer reação no meio de uma conversa qualquer e não esse incansável silêncio. Queria ver você dizendo algo enquanto eu só me perdia, enquanto eu desistia de você. Eu tentei inúmeras vezes desistir de desistir de você, mas de alguma forma eu sabia que não era justo comigo mesma. Eu sabia que era egoísmo pensar só por um e não pensar em mim.
Você não sabe de nada do que eu senti e sinto. Não tem idéia do quanto te ver indo pra outro caminho me deixou sem rumo. Completamente sem rumo e sem chão e mais uma vez me fazendo querer acreditar que tudo isso que sentia era apenas uma coisa de gente fraca e que amor pouco importava porque na maioria das vezes as pessoas não ligam se você as amam, como as amam ou qualquer coisa do gênero.
A gente realmente nunca sabe se aquilo que queremos vai durar uma noite ou uma vida inteira. Isso quando dura. É assim, não é? Não fomos feitos pra durar. Ou foi o medo que tomou conta de cada átomo do nosso corpo e nos privou de qualquer afeto. Sinto muito ser esse desafeto em pessoa. Eu nunca soube dizer nada a ninguém, nunca soube pedir colo quando meu mundo desabava, nunca soube como lidar com as explosões de sentimentos que aconteciam dentro de mim. E até hoje não aprendi.
É engraçado porque sempre penso que eu deixaria meu orgulho por você, deixaria meus medos, minhas paranóias. Abriria sem pensar duas vezes as mesmas portas que um dia fechei. Encontraria a chave por aí só por você. Quem sabe você fosse a chave para abrir isso tudo que um dia guardei dentro de mim. Mas hoje enquanto não canso de passar meus dias sozinhas, vendo você sumindo e assumindo outros rumos, vejo que talvez simplesmente não fosse pra ser. Talvez seja até aquela coisa de destino. Mesmo sabendo que o destino só dá um empurrãozinho e que todo o resto fique por nossa conta. Talvez nós não fizemos nada de errado, só não soubemos falar o que deveria ou sentir.
Eu sigo sim outros rumos. Me esforço a não olhar pela fresta da janela ou pela fechadura da porta. Tento até mesmo evitar você. Eu disfarço bem. Nada como fingir ser forte, sábia ou esperta. O meu único problema é que no fundo eu sou uma menina que quer ser casca dura e durona, fingindo por aí que nada me afeta. E como afeta. Mas isso agora tanto faz. A gente vai seguindo nossos caminhos. Até conheci um garoto legal, ele gosta das mesmas coisas que eu. Eu não te contei isso porque achei que seria meio desconexo. Ele gosta de ficar comigo, conversar coisas idiotas, rir das minhas piadas sem graças, rir de mim quando fico vermelha por algo que ele diz. Ele diz que adora meu sorriso e o cheiro do meu perfume misturado com o cheiro do meu cabelo. Olha que incrível, a gente curte até as mesmas musicas e eu até mostrei pra ele alguma daquelas bandas estranhas que eu ouço. Ele também gostou. Viu? Eu to seguindo meu rumo. O único problema é que ele não é você. 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Ensaio sobre ele.


Eu insisti que não iria escrever nenhum texto a mais pra você, até aposto que já se perguntou se nunca iria escrever sobre ti ou se já tinha escrito e você só não soube interpretar, e agora resolvi escrever esse diretamente a você.
Os dias passaram rápidos, as semanas chegavam ao fim e recomeçavam, os meses voaram e eu nem percebi tudo o que já havia acontecido, mudanças que chegaram e eu simplesmente me aderi a elas. Nunca fiz muita questão de ficar pensando no futuro, sempre gostei de viver o agora e agora só penso que o futuro está se aproximando cada vez mais rápido. Então foi assim que você apareceu, mudou cada um dos meus dias, virou meu mundo de cabeça pra baixo e fez me sentir a vontade para mostrar meu verdadeiro eu. Cheia de defeitos, algumas qualidades, outras loucuras e um monte de vontades. Você gostou de cada uma delas e aceitou as semelhanças e qualidades, porque assim como eu, você sabe que seres perfeitos não existem e de alguma forma também sei que prefere as pessoas da vida real.
Sempre fui de observar muito as pessoas e hoje ainda te observo e me admiro a cada ato que você de bom grado, faz sem perceber. Me assusto com os defeitos, mas também admiro muito quando esses defeitos vêm à tona e se acaso errar, sabe reconhecer o erro. E fico cada vez mais tentada a te descobrir todos os dias, pois cada vez que te observo é um pedaço de você que fica mais em mim, que cola em mim.
É difícil falar de você enquanto se parece tanto comigo. De alguma forma você é o espelho do que sou, ou talvez eu seja o seu. Temos nossas diferenças, como o fato da minha paciência enorme com tudo e pensar mais do que agir e você, todo estressado, explosivo. É engraçado quando todo esse seu estresse desaba, eu te acalmo e você reluta, mas quando vê já está respirando direito e pensando e relevando. Você não gosta de praia e mar, diz que odeia o sal que a brisa traz com ela, já eu, eu poderia passar o resto da vida observando o mar encontrando a praia e trazendo aquela sensação de se sentir infinito. Porém já me sinto assim quando estamos juntos. Talvez você seja a brisa que resolveu me trazer paz. Temos milhões de coisas iguais e mais um milhão diferente. Somos exatamente iguais e opostos.
Eu poderia falar das mil coisas que ninguém fez por mim e você fez. Poderia agradecer pela sua compreensão em entender tudo o que as pessoas não entendem e por me entender, mesmo isso sendo quase impossível. Poderia passar o resto da vida tentando entender como você me agüenta, porque às vezes eu não suporto conviver comigo mesma e todas minhas confusões, loucuras, erros e toda essa bagunça que existe em mim.
Eu queria dizer tantas coisas pra você que acabo me perdendo nas minhas próprias palavras. Entende agora por que nunca consegui dizer nada disso te olhando nos olhos? É difícil controlar tudo o que tenho vontade de dizer. É uma explosão estranha de coisas diferentes dentro de mim, uma sensação diferente que sinto cada vez que penso nisso tudo. É por isso também que não ando escrevendo com tanta freqüência, me embaracei nos nossos dias passando juntos e me perdi entre cada uma das linhas que escrevia e todas diziam algo sobre você.

De qualquer forma está aí só um pouco do que gostaria de escrever sobre você nesses meus textos que gritam tudo o que não sei dizer. Queria dizer que os dias passaram mesmo rápidos ao seu lado, que eu perdi a noção do tempo que voava, que eu saía desse mundo estranho de pessoas tentando serem perfeitas e vivi num mundo real ao seu lado, fazendo o que queria, sorrindo a toa, às vezes até chorava pra lembrar que a vida real também tem dessas de dias nublados. Mesmo eu amando a chuva e trovões, tudo o que eu quero sentir é essa brisa que me acalma quando você chega. Quero que saiba aqui ou em qualquer outro lugar do mundo que você estiver amanhã, que eu sempre vou lembrar-me de você e amar você de um jeito só meu, porque você tem um pedaço de mim que só você conhece. De qualquer maneira, todas essas linhas são pra você.