terça-feira, 6 de novembro de 2012

Transborde-se! Não espere apenas ser completado


Juro que nunca entendi toda essa precisão das pessoas voltarem pra casa insatisfeitas consigo mesmas. Sempre querem mais, e na maioria das vezes, querem alguém. É sempre alguém que falta. Não entendo também essa necessidade de pessoas serem totalmente desapegadas. Eu tento ser, por mais irônico que isso seja. Até que dá uma sensação boa, saber que não preciso de ninguém pra me fazer sentir feliz e completa. Saber que por mais que eu me apaixone por aí, eu sempre vou precisar apenas de mim mesma pra ser feliz. Não entendo esse desapego ao amor. Passamos a vida toda tentando fugir do amor, mas pra falar bem a verdade, qualquer pessoa do mundo quer mesmo é ser amada e amar. É ótimo ser o motivo do próprio sorriso, da própria felicidade. Mas ter sempre um motivo a mais pra isso é maravilhoso.
Quando saio pelas ruas e vejo aqueles casais de idosos rindo juntos enquanto andam pelas ruas, me faz pensar, todo mundo precisa de alguém sim. Alguém que te arranque aquele sorriso nos momentos difíceis, alguém que escute seus problemas e tente te ajudar a encontrar uma solução, alguém que às vezes apenas segure sua mão quando o caminho for complicado demais pra seguir, que compartilhe alegrias e que você também divida as suas alegrias com essa pessoa. São pequenas coisas que fazem as pessoas serem felizes. A gente pode ser feliz sozinho, claro que pode. Mas por que não ser feliz ao lado daquela pessoa que faz a gente sentir aqueles arrepios agradáveis que se formam junto com as borboletas no nosso estomago e que no final se transformam em um sorriso? Por que não? Só porque o mundo vive em completa guerra, em um completo desamor, não significa que temos que viver assim.
Sempre vai ter alguém que te tire do sério e depois de cinco minutos vai te fazer rir. Que fique em silencio mesmo quando a vontade é não parar de falar. Que desapareça e apareça de novo virando sua vida de ponta cabeça. Que faça você querer morrer e continuar vivendo. Que faz seu coração bater rápido e lento, tudo ao mesmo tempo. Talvez amor seja isso, essa linha tênue entre viver e morrer. Aquele turbilhão de coisas estranhas. Aquela legitima corda bamba, um deslize e pronto, faz a gente querer amar pro resto da vida ou passar o resto dela acreditando que amor não existe, mesmo amando. Clichê. Amor é um legitimo e eterno clichê. Desculpe os desapegados – como eu – mas falar de amor sem clichê é impossível. Passar uma vida sem nunca ter amado, é impossível. Voltar pra casa sem querer apenas um colo no fim do dia pra te fazer companhia, é impossível.
Ta aí, desapegados de plantão, amar sempre vai ser uma nova chance. Abra o olho, acorde, levante dessa cama de desamores e de tantos desapegos. Amar é sempre a opção de ser muito mais do que já somos.
Não precisamos de alguém que nos complete, felizmente já nascemos completos, precisamos apenas daquela pessoa que nos transborde, que faça a vida ganhar um novo sentido. Apenas sinta. Sem explicação. Acorde e sinta. Transborde-se de amor. 

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