sexta-feira, 19 de julho de 2013

Apenas diz que me odeia!


Diz que ainda tem raiva de mim e que me odeia, que sua ex que virou atual de novo está te fazendo mais feliz do que você foi comigo, só me diz isso mais uma vez pra eu parar de pensar que um “oi” meu faria tudo mudar. Mas diz logo, essa sua falta está me doendo, está fazendo uma tempestade na minha vida.
Eu juro por aquele copo de vodka que virei hoje na tentativa de alegrar a vida e esquecer os problemas, que a saudade de você está começando a me trazer danos. Vai entender toda essa minha lógica nada lógica de fugir das coisas. Me xinga de novo daquele jeito tristonho de quando eu errei com você e fez meu coração virar um caco e fez com que eu me sentisse um nada pelo pior erro que já cometi. Vai, diz aí. Não sou masoquista nem nada assim – pra falar a verdade, às vezes sou -, mas é que você me xingando eu lembro de vez que não mereço você e não mereço nem uma palavra sua se referindo a mim.
Escuta, desculpa de novo pelo o que fiz. Você sabia que eu era toda do modelo de fazer erros pra fugir de algo e não foi diferente com você. Me apaixonei, e daí? Quem não se apaixona por um amigo? Quem não fica com medo e foge na primeira oportunidade? A primeira pergunta é fácil: qualquer pessoa se apaixona. Mas a segunda: pessoa normal não faz isso. É aí que mora o problema, não sou nenhum pouco normal, você sabe, e não foi nada fácil admitir isso.
Fala pra mim como alguém com tantas paranóias, com a cabeça na lua e cheia de problemas que nem Freud resolveria ia conseguir se relacionar com alguém que só trazia felicidade e risos pra ela? Com certeza eu não conseguiria.
Desculpa por fugir de você do pior jeito possível. Desculpa por sumir da sua vida como se você não fosse nada. Eu era um poço de defeitos, de devaneios, de um passado que perturbava quando eu tentava dar um passo à frente, e às vezes, essa eu assombra um pouco nos dias de hoje. Mas isso tudo você também já sabia quando decidiu arriscar. Me desculpa de novo por ser tão irrelevante, ignorante, insensível e idiota. Desculpa. Mas não me perdoa não. Não mereço perdão pelo o que fiz.
Pra falar a verdade, escrevi todas essas coisas aí só pra fugir de novo de onde queria mesmo chegar. Quando fui embora da nossa cidade te deixei pra trás, mas a gente vive se trombando pelos corredores da faculdade, ironia do destino. Mas lá ainda consigo me recompor. Acontece que entramos de férias e dois dias antes de vim pra nossa cidade, vi você, e como o destino já ajuda muito, a gente viveu aquela paixão louca e avassaladora nas férias. Amor de verão, sempre bom. Estamos no inverno, mas o nosso inverno mais parece o verão que a gente ficou junto e te ver na rua da nossa cidade foi pedir pra ter nostalgia do nosso passado. Você ainda não respondeu o texto que te mandei quando deixei o maldito orgulho de lado por 15 minutos. Você me excluiu de tudo o que poderia fazer lembrar das ultimas férias e entendo. E deve ser todas essas coisas que estão me deixando com sintomas de saudades. Respostas não dadas, vidas inteiras deixadas pela metade, assuntos inacabados.
Por essa e tantas coisas, fala logo que me odeia pra algum amigo em comum nosso. Faz melhor, fala que me viu por aí e que não sentiu nada, nem um fiozinho de rancor, nem uma pontada de vontade de me xingar e depois me abraçar e fazer as pazes com a “guria ridícula" que era sua. Vai, faz tudo isso e faz mais, me perdoa se puder e se não puder me odeia com todas as suas forças pra nunca me procurar e não dar brecha de eu desmanchar o meu orgulho enorme e te procurar também. Vai logo, já demorou mais do que devia.
Droga.

Fica bem aí, to indo me contentar com meu orgulho, com meu monte de erros e esse texto que fala só sobre você e o quanto sou errada. 

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